27.12.10

Minha Vó já não é a mesma. Agora ela confundi as camadas da lasanha.

21.12.10

Todas as manhãs me ponho a escrever seu nome com letras de marracão, assim como no poema.
_ Olha aquela praça que linda!
_ É só uma praça.

O segundo comentário seria normal se não fosse de um primo de 12 anos.
Abre o olho pra vida.
As vezes o samba do seu fone de ouvido é a melhor conversa!

17.12.10

Depois de 13 garrafas meu explodiu na volta para casa, assim como as rolhas.
Aquela menina me fez chorar!
Não era dó. Era emoção.

26.11.10

Livra.


Queria ter feito tanta coisa. Queria escrever muito...algumas madrugadas. Queria ter te levado pra ver o pôr do sol no serra, com direito a brinde e tudo mais. Queria ter te dado Para Francisco e dividir a gentileza do amor que livro traz. Queria ter achado naquela noite o que a gente procurava em língua de sinais. Queria ter gravado meu cd sem vc me pedir.Queria ter pulado daquela ponte que a gente fumou em piri. Queria ter escondido uma carta na sua mala antes de ir. Queria ter tomado vegetal com você. Queria ter ido fantasiado na sua festa de despedida. Queria que o pão de queijo estivesse mais mole. Queria sua arte na parede do meu quarto ao lado dos vinis. Queria que o som do meu note estivesse funcionando para eu ouvir as musicas que vc posta no face.
Queria. Passado.
Hoje eu quero vc longe...bem longe. Feliz. Inteira, nos mandando notícias do mundo de lá.
Sorte!
Sorte a nossa. Sorte dos nossos. Privilégio raro olhar para fora da janela do carro e ver a luz laranja do amanhecer.


Salve os encontros.

amovc.

16.8.10

Salve Cila!

De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainhaPrecisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim

8.7.10

Quando eu vivo esse encontro,
Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus
Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus
E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor
E toda vez que vier
Felicidade a mais
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez
Uma só voz

Vai ser lindo Jade!

"A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe.Fósforo que foi riscado.Nunca mais acenderá.Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário.Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte."

Rubem Alves

25.6.10

"Morre lentamente, quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente, quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... "

23.6.10

Acabei de assistir uma reprise espetacular de um programa que trazia à tona um questionamento sobre os vários personagens que interpretamos diariamente. A muito tempo já venho dizendo que nós, humanos, somos personagens e alguns insistem em questionar o fato.
Eu digo logo. Já aceitei.
Sou um personagem de mim mesmo e isso é uma sorte, ter nas mãos as POSSIBILIDADES.
O tom da voz, a olhada, o tempo da respiração. Tudo isso faz parte de um cenário cotidiano que pode ser um estúdio de gravação ou um almoço de domingo.
As possibilidades estão aí. Os cenários estão aí.
Cabe a cada ator escolher o texto. Sentir os companheiros de cena.
E principalmente ter a criatividade de escrever enredos que prezem pela profundidade que a vida oferece.

8.6.10

"Se fosse resolver
iria te dizer
foi minha agonia
Se eu tentasse entender
por mais que eu me esforçasse
eu não conseguiria
E aqui no coração
eu sei que vou morrer
Um pouco a cada dia
E sem que se perceba
A gente se encontra
Pra uma outra folia
Eu vou pensar que é festa
Vou dançar, cantar
é minha garantia
E vou contagiar diversos corações
com minha euforia
E a amargura e o tempo
vão deixar meu corpo,
minha alma vazia
E sem que se perceba a gente se encontra
pra uma outra folia"

Salve Oswaldo.

27.5.10

Eu ligo pra adiantar o processo. Falo rápido. Só tenho andando correndo. Sou como minha mãe no telefone. Sempre passo pela direita no engarrafamento pra chegar rápido na rótula. Ando na linha do ônibus. Dirijo, escrevo e falo no telefone ao mesmo tempo.
Eu quero. Quero paciência.
As vezes não caibo em mim. E acabo transbordando.

18.5.10

Ultimamente

Ultimamente tenho me sentido diferente, tenho feito coisa que nunca fiz.
Tenho me vestido de criança pra celebrar justamente o passar do tempo, tenho feito musica que fala sobre a perda justamente pra enaltecer a presença.
A vida tem mudado. E muda. E me deixa mudo.

17.2.10

Cachorro.
É um cacho, um caso.
É coisa de pêlo.
São sete que vale por um ou por nós quatro.
È a chegada e a ida.
È a certeza de ter feito ela feliz.
É a vontade dela ou dele.
É a certeza do céu feito pra eles.
É isso e foi aquilo.
Sempre quis que ela pulasse, e ela pulou.

Ps. A letra e o coração estão pequenos.

31.1.10

Ontem lá pelas tantas, fui deitar. Peguei o edredon, apaguei a luz, acendi a luminária e comecei a ler um livro. Na página 19 comecei a sentir meu pé latejar. O livro se fechou e fiquei só eu e o latejo.
Confesso que gostei de sentir meu corpo pulsar...um pulso...depois o outro e outro...
Na minha vida tudo lateja.
A felicidade lateja, o machucado, o pé.
A dúvida, a culpa a coragem.
E só quando a gente pára, para se perceber é que a gente senti que a vida só faz algum tipo de sentido se latejar.

19.1.10

"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais..."

5.1.10

cheiro.

E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, no tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.

Caio Fernando Abreu